Nova Jersey, USA, sábado, 20 de outubro
Uma estranha pesquisa desfocada do processo eleitoral Lino Tavares
Ainda não temos certeza que clubes serão os campeões do Brasil e da América neste ano de 2018. Mas já nos é dado admitir com convicção absoluta que Jair Bolsonaro, candidado do PSL, será eleito presidente da República no próximo dia 28. Afastada a hipótese de fraude eleitoral e de manipulação das pesquisas, que se houvesse não seriam a favor da chapa Bolsonaro/general Mourão, os números que estão à vista de todos são contundentes e não permitem imaginar uma eventual virada por parte da candidatura de Fernando Haddad, do PT, porque isso seria um fato inédito na história eleitoral do Brasil e, por óbvio, levantaria suspeitas procedentes contra a lisura do processo eleitoral realizado com a intermediação de urnas suscetíveis de fraude .
Mas a vitória de Bolsonaro nas urnas, que pode ser dada como líquida e certa, está longe de garantir que essa corrente que contraria interesses ligados à farra do poder corrupto tenha presença garantida no trono do Planalto a partir de 1º de janeiro de 2019. Conduz a esse raciocínio a avalanche de factoides que giram em torno dessa candidatura antagônica aos interesses escusos, em torno dos quais se aglutinam todas as forças vivas dos meios políticos, ideológicos e midiáticos, que há mais de três décadas vêm se locupletando no mar da corrupção, agora seriamente ameaçada por um terceira via de poder
É notório o esforço do lado teoricamente derrotado no sentido de fazer aflorar um fator extra-eleitoral que mude o rumo dessa eleição, anulando pela força do casuísmo aparentemente legal a vontade popular que se manifesta de forma cristalina no sentido de dar um basta aos desmandos predominantes, substituindo-os por uma nova ordem política, social e econômica muito parecida com aquela que o Brasil vivenciou no período áureo dos presidentes militares eleitos de forma indireta.
Por trás desse esforço, que ignora a vontade do povo, se juntam interesses políticos, que querem a permanência do status quo dominante, brecando os passos da Lava Jato e tirando Lula da cadeia, e interesses financeiros, como o da Rede Globo de Televisão, que não se conforma em perder sua maior fonte de arrecadação advinda dos cofres públicos, em troca de propaganda subliminar favorável aos interesses do poder corrupto que está prestes a desaparecer com a nova sistemática de governo que vem aí.
É claro que a Globo não é o único foco de mídia a mamar nas tetas do erário em troca de favores inconfessáveis, mas com certeza é a que mais se locupleta nesse particular. Se havia alguma dúvida a esse respeito, ela foi amplamente afastada com a pesquisa ridícula e desfocada do momento eleitoral presente, que a Globo encomendou ao seu comparsa, instituto de pesquisas Datafolha, no sentido de aferir a opinião publica sobre questões ligadas ao processo democrático, algo que nada tem a ver com o momento político-eleitoral ora vivido no país. E para não deixar dúvida sobre a alvo a atingir, a pesquisa casuística incluiu uma avaliação popular sobre o desempenho do governo do regime militar, que acabou há mais de trinta anos e hoje é visto com bons olhos pela maioria dos brasileiros, haja vista o apoio maciço que confere a Jair Bolsonaro, um político plenamente identificado com aquele período de governo, algo que jamais escondeu e até usou esse fato para humilhar a própria Rede Globo, levando Mirian Leitão a ler aquele editorial fajuto, tentando insinuar que o jornalista Roberto Marinho, que morreu antes de sua edição, tenha se arrependido de haver apoiado o contragolpe anti comunista de 1964.
Esse desespero decorrente da perda de privilégios afigura-se como uma nuvem escura que estará pairando nos céus da política brasileira após Jair Messia Bolsonaro ser declarado eleito presidente da Republica Federativa do Brasil, na madrugada de 29 de outubro de 2018. De tudo farão - não tenhamos dúvida disso - para evitar a posse do candidato do PSL na mais alta magistratura da nação, recorrendo para isso a expedientes escusos, como a tentativa de manipular os primados da lei eleitoral, visando à nulidade do pleito, bem como no mundo do crime, buscando a eliminação física do candidato eleito, tal como aconteceu com a execução do prefeito Celso Daniel, que contrariava interesses ligados à corrupção de seu próprio partido, fato até hoje congelado nas entrelinhas do "abafa premiado".
Avalie o grau de desfaçatez de notáveis globais, da equipe de "marajás" da emissora, opinando em causa própria sobre os resultados dessa pesquisa que contraria o apoio popular gigantesco ao candidato que se tornou alvo dessa safadeza.
GLOBAIS ANALISAM A PESQUISA ENCOMENDADA PELA GLOBO AO COMPARSA DATAFOLHA
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