terça-feira, 27 de dezembro de 2016

MÚSICA: Artigo em homenagem ao cantor George Michael

Nova Jersey, USA, terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A Derradeira Viagem Natalina do Pop Star George Michael
   Homenagem ao ídolo e um presente aos leitores e amigos das redes sociais
                 Lino Tavares

Foto: UOL
    No dia de Natal fiquei a imaginar que bom seria se, além dos tradicionais votos de Feliz Natal, a gente pudesse presentear todos os amigos das redes sociais de alguma forma. Então me veio a ideia de obsequiá-los com um artigo contendo preciosidades musicais do gênio dos palcos musicais, que partiu para o outro plano, no dia consagrado ao nascimento de Jesus.  Ainda contristado, como todos vocês, com a  notícia sobre o falecimento do astro do pop internacional George Michael,  aos 53 anos, em pleno Natal, incluo uma síntese biográfica do cantor inglês neste contexto, como uma homenagem a quem partiu tão prematuramente, deixando órfãos milhões de fãs e apreciadores incondicionais de seu vasto e rico repertório de grandes sucessos.
    Geoge Michael, cujo nome de registro é Goegios Kyriacos Panayiotou,  nasceu em Londres, no ano de 1963, tendo uma infância e uma adolescência marcadas por grande apego familiar, com forte ligação à  figura da mãe, que faleceu relativamente jovem, provocando na vida do cantor um vazio que talvez tenha contribuído para os conflitos internos que o levariam a se envolver em questões polêmicas, como o uso de drogas  e transgressões sociais que o levaram às barras dos tribunais. Apesar desses desvios de conduta, ao que tudo indica involuntários, George conseguiu revelar ao mundo seu enorme talento artístico, a partir da criação do Wham!, em parceria com o amigo Andrew Ridgeley, em 1982, que teve como ponto culminante o lançamento do álbum "Fantastic", um ano depois. A partir desse começo exitoso, o duo de Michael estourou nas paradas em hits como  "Careless whisper", "Last Christmas", "Wake me up before you go-go" e "Everything she wants", sucesso esse que abriu as portas do oriente para um extraordinário show dos artistas ocidentais na China, em 1985.
     Como é comum acontecer entre grupos musicais, a famosa dupla se desfez em 1986, ocasião em que George Michael deu seus primeiros passos na carreira solo, fazendo dueto com Aretha Franklin na linda melodia "I Knew you were Waiting". Seu primeiro álbum nessa nova etapa da carreira aconteceu em 1987, com o lançamento de "Faith", que teve em curto espaço de tempo enorme aceitação popular. Também incrementaram a nova era do cantor britânico músicas famosas como "Freedom ! 90", "One more try", "Father figure" e várias outras. Acumulando sucessos, George passou a figurar entre os recordistas de venda de discos, ultrapassando a casa dos 100 milhões de álbuns vendidos. Foi por isso um artista premiado com distinções como Brit (três vezes), uma MTV e dois Grammy, entre oito indicações nesse que é o prêmio máximo da música internacional. No seu itinerário artístico de extraordinário sucesso, inclui-se a marcante e inesquecível presença no Rock in Rio, em 1991, tendo como palco o estádio do Maracanã.
     Na sequência, o link da excepcional matéria de Menu, contendo os grandes sucessos de George Michael, simbolizando o presente de Natal aos leitores de LINOTÍCIAS PORTAL INTERNACIONAL e amigos das redes sociais. 
           A todos um bem sucedido 2017
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

OPINIÃO - Artigo: Dom Paulo Evaristo Arns


              Nova Jersey, USA, quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

           O Cardeal ideológico que partiu 
                       Lino Tavares 

   Nada pode ser mais cínico no campo da comunicação de massa do Brasil do que a Rede Globo. Toda vez que morre um crítico famoso do chamado "Regime Militar", a emissora fundada pelo co-revolucionário de 1964, Roberto Marinho, incluiu na notícia sobre o falecimento da "celebridade" aquela lenga-lenga do tipo  "lutou contra a ditadura militar em defesa dos direitos humanos, etc".  
    Morreu, aos 95 anos de idade, o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, que deixou um belo legado de realizações no campo eclesiástico e na área social. Suas qualidades como administrador da Igreja eram inegáveis, mas não tornavam esse líder religioso um cidadão íntegro no que diz respeito às suas posições de natureza política e ideológica, que eram tão contraditórias quanto a desses artistas, como Chico Buarque, que se queixam de um período de governo em que desfrutaram de respaldo social e econômico para desenvolver sua arte e enriquecer no exercício dela.
   As mentiras orquestradas por Dom Paulo Evaristo Arns a respeito de um suposto estado ditatorial  opressor e desumano representado pelo governo de exceção,  que impediu a comunização do Brasil,  eram tão deslavadas que sua própria longevidade na alta cúpula da Igreja Católica, cultivando uma posição crítica em relação ao governo da época, comprova em si mesma a existência de liberdade religiosa e de livre manifestação do pensamento naquele período.  Será que se Dom Paulo fosse chefe religioso em Cuba, na Coreia do Norte ou na antiga União Soviética (caso essas ditaduras comunistas admitissem práticas religiosas) teria cultivado essa postura crítica em relação ao poder vigente, sem sofrer na pele os dissabores de um xilindró imundo, como preso político, e quem sabe até uma condenação à morte, por tamanha ousadia ?
   Nessa enxurrada de invencionices orquestradas pelas legiões derrotadas da esquerda pusilânime, consta que Dom Paulo Evaristo Arns teria pedido ao presidente Médici para não continuar com essas supostas ações atentatórias aos direitos humanos, tendo o chefe da nação dito ao cardeal que cuidasse da sua Igreja que ele cuidaria do governo do país. É evidente que, se o representante da Igreja tivesse feito essa acusação ao presidente da República, insinuando ser responsável por atos condenáveis do ponto de vista humano e legal, não teria como resposta uma observação tão infantil como essa, mas sim uma intimação para responder judicialmente por tão grave acusação. É de tal sorte infeliz essa versão que, se considerada verdadeira, então valeria como prova de que não havia repressão aos críticos do governo, já que alguém teria afrontado o mais alto mandatário da nação sem sofrer as tais punições desumanas atribuídas a outros ativistas do mesmo viés ideológico.
   Com todo respeito que merece como grande líder católico que foi, eu definiria Dom Paulo Evaristo Arns como alguém que trouxe de berço a vocação para a política demagógica, mas errou o caminho de sua trajetória vocacional, ingressando na carreira episcopal, sem contudo abrir mão dessa tendência inata, aliando-se, para saciar seu apetite ideológico, aos movimentos que viam no Governo patriótico da época uma fortaleza intransponível,  brecando suas ações nefastas de alta traição à Pátria.

domingo, 4 de dezembro de 2016

CULTURA: Artigo sobre o poeta Ferreira Gullar




      Nova Jersey, USA, domingo, 4 de dezembro de 2016
 Justo tributo a Ferreira Gullar
                        Lino Tavares
    Ainda sob o efeito da comoção relativa  ao acidente que vitimou os briosos atletas da Chapecoense e vários profissionais da mídia, entre outros, o Brasil perdeu hoje um grande representante de nossa elite pensante, com a morte de Ferreira Gullar, aos 86 anos de idade. É provável que entre os que leem esse artigo exista quem estranhe eu estar conferindo uma conceituação de grandeza a alguém que militou na juventude comunista das décadas de 60 e 70, tendo inclusive frequentado cursos acerca dessa ideologia na União Soviética. Claro que essa estranheza só pode ocorrer entre aqueles que conhecem a minha posição anti esquerdista, fundamentada nos males que a extrema esquerda causou e, agora em menor escala, continua causando a milhões de pessoas subjugadas aos ditames ideológicos  da "ditadura vermelha".
   Ocorre que José Ribamar Ferreira (esse era o nome de batismo de Ferreira Gulart) fazia parte daqueles marxistas puritanos, contra os quais nada tenho em contrário, que abraçam ou abraçaram essa filosofia de vida em sociedade por acreditarem que o sonho da equidade social entre os povos, inserido no contexto da doutrina de Carl Marx, seria viável neste Planeta onde a simples divisão de uma partilha de bens precisa ser feita sob a mediação do poder Judiciário, para que não haja logro entre os herdeiros. Mas o direito de sonhar é sagrado e cabe a cada ser humano respeitar os sonhos de seus semelhantes, ainda que mirabolantes e notoriamente impossíveis de se tornarem realidade.
   O que não pode ser tolerada é a tentativa de impor nossos sonhos ao contexto social a que pertencemos, como se fôssemos escolhidos de Deus para fazer prevalecer as nossas verdades sobre as de nossos semelhantes. É por essa singela razão que o nosso país, nascido sob o signo da Cruz, no Ilhéu da Coroa Vermelha, e democratizado na plenitude a partir da Proclamação da República,  jamais aceitou que forças exteriores, como o Movimento Comunista Internacional, torpedeassem a nossa frágil democracia com a inclusão da Pátria gigante na teia da chamada "Cortina de Ferro", subjugada à ditadura do proletariado comandada pelo governo impositivo de Moscou.
   Passado cerca de meio século do fim da Guerra Freia, é possível estabelecer hoje um divisor de águas entre os que naquele período de nossa história lutaram ombro a ombro na tentativa - inglória, é bom não esquecer - de colorir de "vermelho soviético" o mapa do Brasil. De um lado,  temos os arautos da extrema esquerda prepotente, que continuam perseverando no seu intento de implantar neste país um regime autocrático de viés esquerdista, não para ver materializada a utopia do ideal marxista, com propósitos humanitários, mas sim para se incluírem na cúpula dominante do ambicionado estado totalitário. De outro lado, temos os antigos militantes comunistas, que eram autênticos na defesa de suas ideias marxistas, por acreditarem que seria possível a equidade social entre os humanos,  mas que hoje admitem que estavam equivocados, depois que viram ruir o Império Soviético com a consequente queda do Muro de Berlim. 
   Entres esses, que são pouco numerosos, mas nem por isso indignos de aplauso, figurava o extraordinário poeta, compositor, dramaturgo e jornalista, membro da Academia Brasileira de Letras, Ferreira Gullar, que deixa, entre seus inúmeros legados aos compatriotas,  manifestações como a que se vê a seguir, corroborando aquele senso de humildade próprio dos sábios, únicos seres capazes de mudar de opinião ao descobrirem que estavam na contramão da verdade.
    Ele comentou que bacharelou em subversão em Moscou durante o seu exílio, mas que atualmente devido a uma maior reflexão, experiência de vida, e de observar as coisas irem acontecendo se desiludiu do socialismo e que socialismo não faz mais sentido,  pois fracassou. Diz: "Toda sociedade é, por definição, conservadora, uma vez que, sem princípios e valores estabelecidos, seria impossível o convívio social. Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável". (Confira no link:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferreira_Gullar)

   Tenho muito orgulho dos diversos trabalhos cinematográficos realizado por meu filho Dimitre Lucho, cineasta proprietário de uma produtora do gênero em São Paulo. Entre suas realizações, orgulha-me de maneira especial o curta metragem que produziu e dirigiu, dividindo parceria,  inspirado no belo poema de Ferreira Gullar intitulado Pela Rua, como se vê no vídeo da publicação a seguir: