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domingo, 30 de outubro de 2016
LPI - POLÍTICA: Eleições municipais - Artigo
Nova Jersey, USA, segunda-feira, 31 de outubro de 2016
O Berço Ilustre de Nelson Marchezan Jr.
Lino Tavares
Concluídas as eleições municipais de 2016, com a realização neste domingo do inútil segundo turno, que existe para jogar dinheiro do povo no lixo, a leitura que se pode fazer acerca de certos resultados atípicos é que tivemos em muitas cidades brasileiras o que se poderia chamar de "efeito Cacareco". Para os mais jovens, que não sabem, Cacareco foi um rinoceronte do zoológico de São Paulo, que recebeu mais de 100 mil votos na eleição para vereador, em 1959 na capital paulista. Naquele tempo, o eleitor escrevia o nome do candidato na cédula de papel e logicamente usou esse voto simbólico como uma forma de protesto aos desmandos da época.
A analogia prende-se ao fato de candidatos de partidos inexpressivos, comumente chamados de "siglas de aluguel", terem derrotado agremiações partidárias tradicionais, como se tivessem crescido na preferência popular da noite para o dia. Isso leva a deduzir que milhões de eleitores, que não são afeitos ao voto nulo ou em branco, optaram por apostar em partidos pequenos, de certa forma exóticos como o "Cacareco", que em eleições passadas não eram mais do que figurantes nessa corrida ao poder em que a propaganda eleitoral com falsas promessas, em muitos casos, faz a diferença.
O fato mais curioso aconteceu em Belo Horizonte, onde o PHS (Não sabe o significado da sigla ? Eu explico: Partido Humanista da Solidariedade) venceu o poderoso PSDB, de Aécio Neves & Cia., numa eleição que foi ainda mais curiosa, porque colocou no segundo turno um ex-cartola e um ex-goleiro do mesmo clube. Como se sabe, o candidato do PHS, que venceu o pleito, é Alexandre Kalil, ex-dirigente do Atlético Mineiro, e seu concorrente derrotado do PSDB é João Leite da Silva Neto, ex-goleiro do Galo, sendo o jogador que mais atuou vestindo a camisa do alvinegro de BH.
Mas nem só de "efeito Cacareco" sobrevieram os pleitos municipais do nosso moribundo quadro eleitoral, que bateu recordes de abstenções. Em Porto Alegre, por exemplo, tivemos um resultado positivamente surpreendente, se for levando em consideração os rumores próximos do início de campanha, quando chegou a ser cogitado se a prefeitura da capital gaúcha cairia nas mãos da esquerdista não alinhada Luciana Genro ou da comunista Manuela D'Ávila. Felizmente, tudo não passou de um santo e ledo engano. Nem uma, nem outra. A filha rebelde de Tarso Genro se lançou candidata e foi o fiasco que se viu. A queda de braço acabou entre o atual vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) e Nelson Marchezan Jr. (PSDB). Para alegria dos porto-alegrenses e felicidade geral do município, deu o jovem deputado Marchezan Jr., que possui os presupostos básicos para uma boa administração na capital gaúcha: excelente formação intelectual e irrepreensível caráter trazido de berço, posto que é filho do saudoso político Nélson Marchezan, honrado e atuante parlamentar e ministro de estado, que prestou relevantes serviços à nação no governo dos militares, quando o Brasil se tornou referência mundial, alcançando, já naquela época, a condição de oitava economia do mundo.
A história vitoriosa desse bem sucedido político, aliás, é uma prova inconteste de que não vivíamos naquela época, como muitos tentam passar tendenciosamente, sob um regime ditatorial, pois ninguém conseguiria fazer a brilhante carreira política que fez Nelson Marchezan num regime fechado, tal como o de Cuba e da Coreia do Norte, por exemplo, que os mesmos que falam em "ditadura militar"defendem com fanatismo doentio.
Conheci pessoalmente o pai do prefeito eleito de Porto Alegre, com quem sempre mantive relações cordiais, tendo a honra de entrevistá-lo jornalisticamente em várias oportunidades, numa das quais me tornei alvo da foto que ilustra esse texto, guardada como grata recordação no álbum de família onde repousam os flagrantes mais significativas de minha história pessoal e profissional.
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