sábado, 26 de novembro de 2016

ARTIGO: A Morte de Fidel Castro



Nova Jersey, USA, sábado, 26 de novembro de 2016

       Que o Diabo o tenha, Fidel !
                Lino Tavares
 


    Morreu Fidel Castro !   É sobre isso que eu vou me reportar aqui, enfatizando aos que não me conhecem que não sou hipócrita, o que deixa claro que me proponho dizer sobre esse indivíduo  tudo aquilo que ele realmente foi e  não o que o "politicamente correto" da mídia e dos líderes mundiais cretinos recomenda que seja dito de forma "protocolar". Começo dirigindo a você, caro leitor, uma pergunta para responder a si mesmo de acordo, logicamente,  com as suas convicções.
    Que tipo de perfil você traçaria acerca de um homem que: 1 -  liderou uma revolução para tirar o seu país de um caos moral e, ao invés de moralizar a pátria enxovalhada, implantou nela uma ditadura implacável, aliando-se à tirania comunista de Moscou e mandando fuzilar todo e qualquer cidadão que se opusesse às suas decisões autocráticas; 2 - declarou ateu o estado ditatorial que comandava, proibindo a seus subjugados, mesmo tratando-se de uma país de origem cristã, o sagrado direito de festejar o Natal; 3 - adotou a homofobia como regra, criminalizando a prática homossexual como uma devassidão nacional; 3 - proibiu terminantemente qualquer cidadão de tentar deixar o país, para viver noutro em liberdade, punindo com prisão perpétua e, não raro, com a pena de execução sumária quem ousasse desobedecer  a essa proibição; 4 - ao deixar o trono de ditador por motivo de saúde, entregou o comando autoritário a seu irmão e parceiro da revolução desvirtuada que liderou, demonstrando que seu país tinha uma "família real" sem coroa, já que a nenhum outro cidadão era dado o direito de sequer acenar com a possibilidade de governar sua pátria ?
    Confesso que senti náuseas ao ver nos noticiários chefes e ex-chefes de estado, políticos de toda laia e até a figura emblemática de Sua Santidade, o Papa Francisco, tentando garimpar virtudes que nunca existiram na pessoa desse monstro da humanidade que morreu, como se a morte devesse ser encarada de forma necessariamente sentida, independente do que de bom ou ruim o ser desencarnado tenha pratico em vida. 
    Posso até contrariar milhões de cabeças pensantes, mas não sou do tipo "Maria vai com as outras",  que finge piedade pela perda de alguém, como Fidel Castro, que partiu deixando como triste legado os piores exemplos de tirania, desumanidade e perversidade. Criaturas assim - perdoem-me a franqueza - devem causar tristeza pelo fato de terem nascido e não de haverem morrido.
    Observo que na verdade bastaria eu ter publicado a foto que ilustra esse texto, de  Andrew Lopez, da United Press International, que venceu o prêmio Pulitzer de fotografia em 1960, para sintetizar o "filme de terror" representado pela passagem de Fidel entre os humanos.  Ela retrata o pedido de clemência de um infeliz condenado ao fuzilamento, aos pés do reverendo, não atendido pela crueldade do exército assassino aparelhado por Fidel Castro, não para defender a Pátria, mas sim para coibir tentativas de luta pela liberdade na "Ilha-presídio", que há mais de meio século atende pelo apelido de nação.  
    Inspirado em tudo isso, encerro esse artigo, dizendo honestamente de forma convicta e sem medo de pecar: "Que o Diabo o tenha, Fidel !  Você plantou maldades suficientes neste pequeno planeta do Sistema Solar, para se tornar  merecedor de colher os frutos de tudo quanto a lavoura do Inferno seja capaz de produzir".
       

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